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Capítulo 1 - TR1: Los Angeles ou Los Angeles

Olá, olá!
Olha quem voltou rapidinho para avisar que o primeiro capítulo do livro "Tropa - O retorno da Sargento 1" foi postado. Vou tentar fazer isso toda semana e espero alguma resposta de vocês quanto a história. Portanto fiquem a vontade de mandar mensagem ou até um sinal de fumaça para mim, ok?


A foto abaixo é a capa dele com o nome e a personagem Pandora sendo representada pela cantora Ariana Grande.



Capítulo 1: Los Angeles ou Los Angeles

Estava tentando relaxar na minha cama. Usava uma máscara para dormir, já que o sol teimava em invadir meu quarto, mesmo com a cortina fechada. Eu só queria um tempinho de paz. Precisava disso, mas ao mesmo tempo sentia a curiosidade me dominar. A televisão estava ligada e só se ouvia o mesmo assunto.

Pandora Chantal-Zion foi uma das vítimas que saiu ilesa do sequestro. Ainda não se sabe onde a modelo, Natasha Dadiro, se encontra. E seu irmão, o cantor e namorado de Pandora, Oliver Dadiro, permanecerá mais uma noite no hospital em observação. — A repórter falava.

— Mas é muita incompetência mesmo — comentei —, nem sabem que eu terminei tudo com aquele babaca nesse dia.

Soltei um breve suspiro e tentei me desligar das notícias. Consegui por um momento, já que no outro, alguém tinha batido na porta do meu quarto. Ignorei, porém a pessoa insistiu. Retirei a máscara do meu rosto e deixei sobre o lençol da cama de casal de cor azul. Me levantei, calcei minhas pantufas de coelho branco e andei preguiçosamente até a porta.

Destranquei ela e abri, coisa que me deixou sem falas. Aquele homem de porte grande, com roupas camufladas entrou no meu quarto e eu apenas engoli em seco ao ver a mulher que vinha atrás dele.

Mais baixa e morena, era igual a mim se fosse ontem, antes de clarear meus fios em tom cinza. Seus olhos castanhos arredondados expressavam preocupação, diferente da íris marrom que nunca consegui ler do Sargento Zion.

Aquele homem era um ponto de interrogação na minha vida.
Sempre rígido e duro com todos, até mesmo com minha mãe. Por isso que ela se separou dele. Ninguém aguentaria mais um ano com o mala do meu pai. Foi a melhor coisa que ela fez e no tempo certo.

— O que significa isso? — Ele soava incrédulo ao ver minha cama e eu completamente bagunçada aos seus olhos. — Não se deve dormir durante o dia!

Sempre autoritário e falando sua segunda regra de vida. Cruzei os braços e mirei firme na minha mãe. Ela precisava explicar urgentemente sobre essa aparição do sargento. Danielle Chantal deu um passo à frente e me lançou aquele olhar doce que toda mãe faz quando vai dá em seguida uma má notícia.

— Dora, eu e seu pai conversamos muito sobre o que aconteceu contigo e com a família do seu namorado

— Ex-namorado — corrigi irritada deixando mamãe surpreendida.

— Mas meu amor, eu pensei que vocês se amassem

— Amor vem e vai, mãe — a interrompi —, e antes de todo aquele circo, eu terminei com Oliver.

— Todo aquele circo? — Sargento Zion continuava com seu tom incrédulo e eu permaneci calada. — Você foi sequestrada, sua amiga está desaparecida, isso é algo preocupante. — Pontuava firme. — Por isso que você voltará a Los Angeles comigo.

— Mas eu não tenho culpa de nada! — Retruquei. — Eu só estava na hora errada e no lugar errado. Eu não vou deixar Nova York por essa besteira.

— Besteira que custou a vida da sua amiga, do seu namorado que está no hospital — ele continuava.

— Ele não é meu namorado! — Rebati ao me sentar na cama, já prevendo que aquela conversa ia durar horas.

— Marcos — minha mãe interviu —, Natasha está desaparecida, não morta.

Meu pai se virou para ela lhe lançando um olhar firme. Mamãe apenas se calou e deixou ele prosseguir. Pelo menos nessa hora, eu sabia o que o sargento estava pensando. E desejava pelo bem de todos que Natasha Dadiro estivesse morta, ela e seu irmão duas caras.

— Você sabe muito bem o que quero dizer, poderia ser nossa filha. — Ele soou com a voz mais controlada e eu tive vontade de revirar os olhos, mas fiquei só na vontade mesmo.

— E por isso eu tenho que largar minha vida, meu trabalho, tudo para voltar a Los Angeles? — Soei incrédula igual ao sargento. — Por conta do destino que me pregou essa peça?

— Por que está agindo como se fosse uma brincadeira? — Sargento me mirou firme deixando em evidência sua irritação. — Sabe o quanto o perigo é real. Foi treinada anos para saber disso, por que permanece com essa postura de garotinha que não quer enxergar a vida?

— Eu não quero essa vida militar para mim — soei um pouco receosa.

Meu pai ficou travado, sendo a primeira vez que o vi assim. Aquele homem durão não estava com a resposta na ponta da língua. Minha mãe me repreendeu com o olhar e ele deu um passo para trás. Parecia não acreditar no que eu tinha falado.

— Pai — soei com a voz baixa —, não é bem isso. Eu só quero outra vida. Eu não estou negando o que os Zion são.

— Faça o que você quiser, Pandora. Não vou te obrigar a nada.

Ele tinha um tom triste e aquilo me deu um aperto no peito ao vê-lo ir até a saída do meu quarto com uma postura que eu nunca tinha visto antes nele. Meu pai estava derrotado. Parecia não ter mais esperança em nada, só porque eu fui sincera e falei o que eu queria.

Ele me educou para sempre falar o que eu quiser e lutar por isso. Eu só segui seus ensinamentos, mas como doía magoá-lo dessa maneira. Sargento saiu do meu quarto e minha mãe fechou a porta. Ela se sentou ao meu lado na cama e lançou aquele olhar que me falava para consertar essa besteira que fiz.

— Eu sei que errei ao contar isso a ele dessa maneira, mas eu não quero abandonar tudo e voltar para Los Angeles.

— Talvez seja o melhor para você agora — ela segurou minha mão e soava serena.

— Abandonar minha vida por estar no

— Pandora — me interrompeu —, nós duas sabemos que não foi a primeira vez que você está metida nesses acidentes da vida.

— Mas não é minha culpa. — Soei mais baixo tentando controlar minha voz para não ser pega na mentira.

— Será apenas dois anos, você

— O que? — Me soltei dela completamente surpresa. — Eu não posso ficar dois anos fora da empresa. É minha vida, meu trabalho e eu não quero perder tudo que eu conquistei para ficar com aquela gentinha de Los Angeles.

— Aquela gentinha era tudo seu amigo.

— Não. Meus amigos são Aisha e Kevin, só eles. — Frisei ao voltar a cruzar os braços.

— Pandora facilite um pouco, talvez um tempo longe da agitada Nova York será bom.

— Eu vou ter que dá tchau, tchau para a agitada Nova York e em troca tenho que dá olá para a regrada Los Angeles? — Resmunguei ainda com o tom incrédulo. — Isso é injusto. Eu sou maior de idade, posso fazer o que quiser da minha vida.

— E magoar seu pai desse jeito está no pacote? — Ela retrucou e eu fiquei calada. — Serei bem clara. Você vai para Los Angeles ou terá que comparecer ao julgamento sobre aquilo que aconteceu anos atrás. Sua última chance.

— Mas você disse que estava tudo certo. — A olhei confusa. — Eu não ia a julgamento por essa besteira.

— Fazer isso não foi besteira — soou firme —, e o advogado me comunicou ontem, logo após que você saiu da delegacia. Los Angeles ou julgamento, o que vai ser minha filha?

— Los Angeles, mas o Sargento Zion não pode saber disso.

Me dei por vencida, alertando em seguida. Minha mãe concordou. Esse seria mais um segredinho só nosso, que meu pai nem poderia sonhar em descobrir. Danielle suspirou e me envolveu com seus braços cobertos pela manga amarela de sua camisa de algodão.

Retribuí o abraço pensativa. Mamãe me soltou e pegou uma mecha do meu cabelo. Ficou olhando por um tempo e depois me mirou confusa.

— Por que fez isso com seu cabelo? — Ela não resistiu e teve de perguntar. — Ontem você estava morena igual a mim. — Danielle soltou meus fios ficando reflexiva. — Parece que não se importa com o Oliver que está no hospital.

— Eu só quis mudar um pouco, não tem nada demais nisso.

— Você ir num salão enquanto seu namorado está num hospital dá a entender que

— Ele não é meu namorado — a corrigi mais uma vez —, e eu só fui no salão, porque Aisha me chamou e eu resolvi mudar. Não posso? — Soei um pouco firme. — Eu só clareie meu cabelo, não machuquei ninguém.

— Pandora — ela tinha um tom duro ao se levantar da cama e passar a mão sobre sua saia lápis de cor ferrugem —, ir à um salão de beleza depois de tudo isso

— Mãe — a interrompi —, eu não morri! Eu não fiquei no hospital. Eu tenho que continuar com minha vida e é isso que estou fazendo.

— Você deveria pelo menos ter visitado Oliver, mesmo não sendo mais o seu namorado.

— Ele está vivo e tem um monte de babaca fazendo tudo que o rei deles pede. Oliver não precisa de minha visita. — Frisei.

— Pandora não fale assim

— Do babaca-mor?

Soei sugestiva ao arquear a sobrancelha. Minha mãe suspirou e saiu do quarto, mas antes mandou arrumar tudo para voltar à Los Angeles. Ainda teria que comunicar ao meu chefe, entretanto eu não tinha escolha.

Isso tudo me deu uma ideia e liguei logo para a pessoa que poderia salvar minha pele. Recebi uma resposta positiva. Isso quer dizer que euzinha não ia precisar morar com o meu pai autoritário.

Me levantei e comecei a preparar tudo. Tinha muita coisa no meu apartamento. As horas passaram voando. Tudo ficou prontinho para seguir as duas opções que ganhei. Los Angeles ou Los Angeles.

***
Por hoje é só! 
O que acharam?
Pandora não é tão correta assim.
Até o próximo!
Beijos
Macri




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